Atitude do treinador às vésperas do clássico contra o Flamengo pode ter sido a gota d'água para o início da crise .
Última terça-feira. A diretoria do Vasco se reúne com jogadores e treinador. Objetivo: garantir a Paulo César Gusmão diante do elenco que ele segue firme no cargo. Há reunião marcada para semana que vem para discutir o planejamento para 2011. Na quarta-feira, porém, o técnico surpreendeu. Em tom de adeus, se disse incomodado e decepcionado com o clube e que não sabia se estaria na Colina no próximo ano:– Eu não tenho apego material ao cargo. Não estou no Vasco por ser amigo de alguém. Agora, a tomada de decisões cabe à diretoria.
O motivo da declaração: PC já não tem mais ambiente com grande parte do elenco. Segundo fontes do clube, a relação foi completamente minada depois de evento ocorrido antes do jogo contra o Flamengo. O treinador pediu ao médico Paulo César Andrade que dissesse em entrevista coletiva que o volante Fellipe Bastos estava com uma virose e que por isso não poderia disputar o jogo.
Leia: médico nega ter forjado diagnóstico de virose
Depois de uma semana de treinos com bom desempenho e disputar praticamente todo o rachão pré-clássico, o volante ficou muito chateado com a versão e teve de ser consolado por vários companheiros. Foi a gota d’água para muitos jogadores do elenco.
– O ambiente está diferente de semanas atrás. Agora o clima é de incerteza e isso começou depois da partida contra o Flamengo – disse um integrante da comissão técnica.
Para alguns, o estilo de trabalho de PC é ruim, com duras acima do tom. Outros não aprovaram a atitude dele de criticar abertamente Carlos Alberto após o meia ser expulso ao aplaudir ironicamente o árbitro contra o Vitória, no primeiro turno. No segundo, a derrota por 3 a 0 antes do intervalo teria feito com que o técnico sentisse que perdeu o grupo.
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