Meia comemora eleição de craque da Libertadores e diz que torcedor deve cobrar, mas também incentivar .
Giuliano tem fama de iluminado. E parece ser mesmo. Iluminado a ponto de ser eleito o melhor jogador da Libertadores da América horas depois de ouvir, pela primeira vez, vaias da torcida do Inter. A notícia recebida pelo meio-campista nesta quinta-feira amenizou a decepção da véspera, quando ele sentiu o ruído inédito da insatisfação de colorados. Após o treino da tarde, o jogador concedeu entrevista coletiva no Beira-Rio. Autor de seis gols na disputa continental, quase todos decisivos, o garoto comemorou a vitória pessoal.- Fico feliz pela notícia. Fiquei sabendo na hora do almoço. Ter esse reconhecimento em um campeonato tão difícil, ser reconhecido mundialmente, me traz muita gratificação, muita alegria – disse Giuliano.
O jogador dá sinais de que não deixou as vaias machucá-lo. Ele se mostrou compreensivo com as reclamações.
- Esse momento de contestação, de algumas vaias, é normal. Faz parte da carreira do jogador. Sempre queremos acertar, mas tem dias em que as coisas não saem como planejamos. Fico bem tranquilo em relação a essas poucas vaias que recebi. Minha cabeça está boa. Tenho que trabalhar, para que não volte a acontecer.
O jogador não se considera injustiçado. E entende que as vaias saíram da garganta de uma minoria de torcedores.
- Não vejo como injustiça. O que me deixa feliz é que não vem de toda a torcida. Foram poucos torcedores, insatisfeitos por o time não estar vencendo. Naquele momento, era eu quem estava errando alguns passes no meio, alguns passes bobos. Isso fez com que a torcida pegasse um pouco no meu pé. Mesmo não tendo uma boa partida, fui quem mais finalizou a gol. Minha participação foi razoável. Pode melhorar, eu tenho que melhorar, e o torcedor tem que me cobrar. Fui eu que criei no torcedor essa expectativa de sempre jogar bem. O torcedor tem que cobrar, mas também tem que apoiar, porque é assim que a segurança volta – comentou Giuliano.
Giuliano não se vê em mau momento. Para ele, falta só um encaixe final em cada jogada.
- Não admito queda de rendimento. Acho que tive uma boa participação contra o Santos. Contra o Fluminense, tecnicamente, errei passes, mas estava na área, finalizando. Fiz meu papel de servir. Infelizmente, a bola não entrou.
Giuliano agora vive a expectativa de ser titular no Mundial. E, quem sabe, receber o prêmio também de melhor jogador em Abu Dhabi.
- É uma possibilidade. São vários que vão estar lá, jogadores consagrados. Vou trabalhar para fazer meu trabalho da melhor maneira. Se acontecer, será outra realização pessoal e coletiva.
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